EFEITOS DO TRATAMENTO COM DIPEPTIDEO ALANILGLUTAMINA NA PERDA AUDITIVA E NOS NÍVEIS DE LIPOPEROXIDAÇÃO PLASMÁTICA
Resumo
A perda auditiva (PA) pode ser considerada uma das deficiências mais incapacitantes para o
convívio do indivíduo em sociedade. Isso acaba por gerar consequências psicológicas e de
desenvolvimento às pessoas, pois se associa ao quadro de depressão, ao declínio cognitivo e à
redução da capacidade funcional (BARBOSA et al., 2018).
A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) decorrente da exposição contínua a níveis intensos de
pressão sonora, é responsável por ocasionar lesões nas células ciliadas externas e internas no
órgão de Corti, estresse auditivo, reações físicas, como o aumento da pressão sanguínea, do ritmo
cardíaco, irritabilidade, ansiedade e estresse (BOGER; BARBOSA-BRANCO; OTTONI, 2009).
Sons intensos causam mudanças no fluxo sanguíneo coclear, associadas a vasoconstrição capilar e
estagnação sanguínea em capilares da estria vascular. Após reestabelecimento do fluxo coclear, o
retorno do aporte de oxigênio pode aumentar o dano secundário metabólico devido à produção de
espécies reativas de oxigênio (EROs) (POIRRIER et al., 2010). Desse modo, a exposição contínua a
ruídos, leva a lipoperoxidação de membranas celulares levando à morte celular, e ao
comprometimento das células ciliares da cóclea (HENDERSON et al., 2006). No entanto, ainda
não se têm conhecimento sobre os efeitos da exposição ao ruído sobre os níveis de lipoperoxidação
plasmática, que podem ser usados como biomarcadores sistêmicos de efeitos nocivos no sistema
auditivo.